Arranhões

-Nossa você é uma menina de muitos amigos, é muito querida.

-Ah nem me diga.

-Como assim?

- Não gostaria de ter muitos amigos.

-Mas por quê?

-Por quê? Sabe é muito bom ter aquele monte de gente com quem conversar, no inicio você achar que pode confiar em cada um deles, até quebrar á cara. Então você perdoa, e sabe oque acontece? Vacila de novo. E você? Torna a perdoar. Ai conhece outro amigo, também acredita que é uma pessoa de ótima confiança. E aí?  Faz a mesma burrada que o outro. E mais uma vez, você perdoa. Afinal você é fraca, fácil. E sempre esteve consciente que perdoar é o primeiro de um novo passo. Depois de um bom tempo você conhece outra pessoa, passa o tempo e se torna seu (a) melhor amigo (a), vocês contam um segredo um pro outro até que um dia, você quebra á cara novamente.

Você dá amor, você dá confiança, você dá tudo de si, coloca a pessoa em primeiro lugar, se torna mais importante até de você mesmo e sabe qual sua recompensa? Arranhões. Invisíveis. Ninguém pode ver o quanto você está machucada. Mas por traz de um sorriso você pode esconder a sua dor. E o tempo se passa cada vez mais e vem à maldita lembrança. Daqueles dores que ninguém poderia descrever. Aqueles pequenos arranhões, por menor que sejam, deixaram cicatrizes. Que nada pode apagar, e que você vai carregar pelo resto da sua vida.